Na quinta 10 de abril, às 19h, os Coros de Câmara e Sinfônico apresentarão os concertos: As Sete Últimas Palavras, de Charles Gounod e Stabat Mater, de Franz Schubert, na Igreja Presbiteriana de Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 335).

ENTRADA FRANCA

FICHA TÉCNICA
As Sete Últimas Palavras, de Charles Gounod
Coro de Câmara, à capela.
Regente: Miguel Torres

Stabat Mater, de Franz Schubert
Coro Sinfônico da Associação de Canto Coral.
Solistas:
Soprano, Mariana Gomes
Tenor, Guilherme Moreira
Baíxo, João Marcos Charpinel

Regente: Miguel Torres
Pianista: Edilson Leal

Direção Artística: Jésus Figueiredo.

Sobre a Obra “Les Sept Paroles de Nôtre Seigneur Jésus-Christ sur la Croix”

Composta em 1855 e revisada em 1866, Les Sept Paroles é uma das primeiras configurações francesas das Sete Últimas Palavras de Cristo. Diferente da escrita sacra convencional do século XIX, Gounod adota um estilo inspirado em Palestrina, com um uso predominante de texturas homofônicas e polifônicas, sem acompanhamento instrumental.

A obra começa com um prólogo, estabelecendo o tom austero e meditativo, seguido por sete movimentos que alternam entre seções corais e solos em quarteto, refletindo o diálogo entre Cristo e aqueles ao seu redor. Cada palavra é tratada com um caráter musical distinto, utilizando variações de dinâmica, harmonia e textura para realçar sua profundidade emocional.

No último movimento, Gounod introduz um coro duplo, criando um efeito antifonal único na peça e aproximando-se da estética romântica. Essa mudança dramática contrasta com a simplicidade dos movimentos anteriores e confere um desfecho solene à obra.

Pouco conhecida e raramente executada, Les Sept Paroles é uma jóia esquecida da música coral sacra, demonstrando a devoção e a maestria de Gounod na escrita polifônica.

Sobre o Compositor Charles Gounod (1818-1893) foi um renomado compositor francês que se destacou no cenário musical do período romântico. Sua obra é marcada pela fusão de elementos clássicos com a expressividade emocional do romantismo, criando composições que permanecem marcantes até hoje.

Sobre a obra “Stabat Mater”

O Stabat Mater de Franz Schubert (D. 383) é uma obra sacra composta em 1816, baseada no texto latino que descreve o sofrimento da Virgem Maria diante da crucificação de Jesus. No entanto, diferentemente das versões tradicionais, Schubert usou um texto em alemão de Friedrich Gottlieb Klopstock em vez do poema latino medieval.

A composição apresenta uma abordagem lírica e introspectiva, refletindo a sensibilidade romântica característica de Schubert. A música é escrita para coro, solistas e orquestra, explorando harmonias ricas e melodias expressivas que evocam dor e esperança ao mesmo tempo. Mais tarde, Schubert também escreveu outro Stabat Mater (D. 175) em latim, menos conhecido.

Sobre o compositor Franz Schubert (1797–1828) foi um dos grandes compositores do período romântico, conhecido por sua habilidade melódica e expressividade emocional. Apesar de sua curta vida, deixou um vasto legado musical, incluindo sinfonias, sonatas, quartetos de cordas e mais de 600 Lieder (canções para voz e piano). Sua música muitas vezes mistura lirismo e dramaticidade, influenciando gerações posteriores de compositores.